sábado, 1 de março de 2008

Visita à terra da garoa

Amanheci em Cachoeirinha, era cedo, e não poderia me atrasar para chegar no aeroporto, afinal teria uma pessoa especial a minha espera no destino. A grande barreira estava no lugar. A terra da garoa não tem lá uma boa reputação perante os gaúchos. Um lugar violento, perigoso, com muitos congestionamentos ... Enfim uma grande nuvem pairava sobre mim. Porém, o foco da minha visita não estava na cidade, mas na pessoa que estaria me aguardando.

Como de costume meu pai acordou, e já foi logo fazer o café, afinal ele não sai de casa sem tomar café (com pão e tudo), não interessa a hora. O café não me desceu muito bem. Já no avião, como de costume, tentei conhecer mais uma pessoa, para tornar a viagem mais agradável. A pessoa mais próxima era uma senhora, que estava sentada na poltrona do corredor, tinha uma cara de poucos amigos e quando tentei puxar conversa, me deu a impressão que não tinha amigo algum. Acabei por ler um livro que ao menos não faria nenhuma cara feia.

Ainda no avião, serviram outro café, empolgado com a leitura, não escutei direito a aeromoça falar o que era e fui logo aceitando o cardápio da ocasião. Um pão com queijo quente, muito bom mas não era para ter aceitado, pois esse sim desceu quadrado, mas acredito que era a ansiedade, estava nervoso. Afinal, iria conhecer algumas pessoas que já tinham ouvido falar de mim, e nem sempre conseguimos superar as expectativas criadas pelos demais, mas também vai saber o que foi dito.

Pouso tranqüilo, e para minha surpresa a minha mala foi a segunda na esteira, algo que nunca havia me ocorrido, afinal sempre sou um dos últimos, isso quando não saem todos e tenho que ficar esperando já quase sem esperanças até que finalmente a mala aparece. Logo me veio na cabeça "minha sorte está mudando".

Lá estava ela, do outro lado do vidro. O motivo da minha viagem. Nem parecia verdade, nosso reencontro agora estava próximo e certo. E não poderia ter sido melhor. Mas o desafio ainda estava por vir.

Uma chuva fraca, que segundo notei é algo comum nos acompanhou até o carro, que parecia ter se escondido. Teríamos pela frente um longo caminho até chegar na casa da anfitriã, não por menos estávamos em outra cidade.

Daquele momento até o meu retorno se passaram uma semana e meia, e, nesse meio tempo fui apresentado às pessoas, estava com certo medo, receio sei lá que palavra dar para a sensação que sentia. Me esqueci deste sentimento quando fomos apresentados, e, logo comecei a falar, falar e falar, não adianta se me deixam acabo falando demais. Fui conhecer alguns pontos turísticos da cidade que acabaram por mudar a minha forma de ver aquele lugar. Muito cimento e muito asfalto, assim se resume qualquer cidade grande. Lá não seria diferente, mas com suas peculiaridades. Quem diz que os arranha-céus não têm suas belezas é porque não conhece a Av. Paulista. A cara de São Paulo, como é dito pelos paulistanos. Fomos em um parque de "cair os butchá dos bolsos". Ibirapuera, o nome dele, é realmente um lugar muito bonito. E quanto às pessoas. Num primeiro momento parecem pessoas frias (resultado do que é falado em minha terra), tipo cidade do interior que não tem dentista, e acaba que ninguém abre a boca para mostrar os dentes. Mas quando essa impressão passa, e, você conhece as pessoas, chega a dar vergonha de ter pensado "merda", afinal são pessoas receptivas e puxam assunto do nada. Não conheci uma pessoa que não tenha sido cordial (exceto a velha do avião, mas vai saber de onde ela é).

O Carnaval de São Paulo é algo maravilhoso, encanta pela beleza, organização e segurança. Um dos momentos mais empolgantes, é quando passa a bateria, não tem explicação, a coreografia, o recuo (que ficava próximo ao local onde estávamos), simplesmente fantástico. Uma pena era o fato de eu estar um pouco ruim do "bucho", o que me privou um pouco de pular.Cambury! Não vou nem falar desta praia, que é simplesmente linda, maravilhosa, e o albergue que ficamos excelente. Mas melhor que tudo é a companhia.

Já estava me esquecendo de falar dos parques de diversões. Fomos em um aquático que é muito bom, realmente divertido. Um "brinquedo" em especial que chama a atenção é resumindo uma verdadeira descarga e olha que você se sente uma verdadeiro... E o Playcenter então, ótimo, e para melhorar um pouco choveu quando estávamos lá o que acabou tornando o momento inesquecível. Uma dica para quem for no Playcenter é imperdível o show da Monga... rsrsrs.

Talvez o único transtorno que tive em SP foi com o trânsito da volta ao aeroporto, mesmo tendo saído com boa antecedência chegamos no horário de saída do vôo, mas como o mesmo estava atrasado consegui pegá-lo (maldito atraso se não fosse ele teria passado mais uma noite em SP). E foi no último dia que conheci o trânsito de SP.

Adorei esta cidade, uma gastronomia variada (um alerta para os gaúchos: cuidado com o churras do findi rsrsrs), pessoas divertidas e acolhedoras. Pena que não dá para citar o nome de todos que conheci, até porque posso esquecer alguém (como vc está falando de pessoas é alguém se fosse coisa aí sim seria algum), aí fica chato. Mas não posso deixar de citar as cachorras, que pelo que disseram, uma delas poderia me morder, mas pelo visto ficamos amigos né Nina (charopinha) e a Lisa, que fiquei devendo o passeio, que não tem falta, em nosso próximo encontro.

Muito obrigado a todos em especial a Shirlei e família.

Um comentário:

Shirlei Marina disse...

De nada! E como você jáaa sabe está convidadíssimo para voltar sempre e quando quiser! beijooos.